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sexta-feira, 30 de abril de 2010

Acai



A fruta nativa da Região Norte contém um alto valor nutricional e é a campeã brasileira no combate aos radicais livres. No entanto é preciso bom senso no consumo porque ela é bastante calórica
Uma fruta característica da Região Norte do Brasil, e bastante procurada por quem pratica exercícios físicos, vem conquistando cada vez mais os adeptos de uma vida saudável e, principalmente, as pessoas preocupadas em cuidar da saúde. O açaí, de sabor naturalmente amargo (na versão concentrada, consumido nas grandes cidades, ele se torna mais suave), tem sido objeto de inúmeras pesquisas científicas cujos resultados apontam para um elevado valor nutricional. Quem aprecia a fruta concentrada ou in natura não imagina que o seu consumo garante uma boa quantidade de vitaminas e de antioxidantes, que atuam diretamente na eliminação dos radicais livres, responsáveis pela prevenção de doenças e do envelhecimento.
Segundo a nutricionista Elaine Martins Bento, diretora da Associação Paulista de Nutrição (Apan), o açaí é rico em proteínas, gordura vegetal, vitaminas B1, C e E e minerais, como ferro, fósforo, cálcio e potássio. Também contém fibras e alto teor de antocianinas, que são os antioxidantes. “Além de ser um excelente repositor energético, beneficia o trânsito intestinal, pelo aporte de fibras”, diz a médica. A alta concentração desses nutrientes vem chamando a atenção dos cientistas e as mais recentes pesquisas têm rendido à fruta a fama de ser a campeã brasileira nesse quesito.
De acordo com a engenheira de alimentos Eliana Ribeiro, professora da Escola de Engenharia do Instituto Mauá de Tecnologia, de São Caetano do Sul, SP, o açaí possui elevado teor de antocianinas (1,02 g/100 g de sólidos secos). “Elas garantem melhor circulação sangüínea e protegem o organismo contra o acúmulo de placas de gordura.”
Nutritiva, mas calórica
Os benefícios do açaí são maiores quando a fruta é consumida pura do que em forma de polpa (a mais utilizada no preparo do “açaí na tigela”). Mas a versão mais popular não deve ser desprezada. “Quanto mais aditivos contiver a composição do concentrado menor será o efeito da fruta em si”, avisa a nutricionista Elaine Bento.
Embora sejam inegáveis os benefícios do açaí para a saúde, ele é uma fruta bastante calórica. “Tem 247 cal. em 100 g”, alerta Elaine. Se por si só já é calórico, a visão na tigela, que contém guaraná e outras frutas, torna-se mais perigoso para quem quer perder peso. “Quando a polpa é associada a outros ingredientes, aumenta o valor calórico, porém somam-se os benefícios dos outros alimentos”, diz a diretora da Apan.












400 gr de açaí
2 unidade(s) de banana
60 gr de granola
5 colher(es) (sopa) de xarope de guaraná
Modo de preparo
Leve todos os ingredientes ao liqüidificador. Bata até formar um creme homogêneo. Sirva em uma tigela e polvilhe a granola. Dica: a banana pode ser substituída por outras frutas, como por exemplo, mamão papaya e abacate. Além disso, para acompanhar, pode-se optar por aveia ou tapioca; o xarope de guaraná pode ser encontrado em lojas de produtos naturais.





Ostras



Ostras 
Sal
Limao

E uma taca de vinho branco
Para acompanhar 

Branco
Marquês de Montemor VR Alentejano 2005/2006 - R$ 35,00
Plansel - Dorina Lindemann - Portugal -Alentejo - Évora
REGIÃO: Alentejo - Distrito de Évora - Conselho de Montemor-o-Novo

CLASSIFICAÇÃO LEGAL: Vinho Regional Alentejano

COMPOSIÇÃO DE CASTAS: Viosinho, Antão Vaz e Arinto

GRADUAÇÃO ALCOÓLICA: 12,5° GL

CARACTERÍSTICAS CLIMÁTICAS: Clima de características mediterrâneas com alguma continentalidade sobretudo durante o verão. Distingue-se das restantes regiões do distrito de Évora por uma pluviosidade ligeiramente mais elevada.

CARACTERÍSTICAS DO SOLO: Solos pardos mediterrâneos, derivados de granitos.

ELABORAÇÃO: Colheitas em caixas de 25kg, desengace completo e decantação estática durante 24 horas a baixas temperaturas. A fermentação em cubas de inox de pequena capacidade processa-se a uma temperatura de 14°C, durante cerca de 3 semanas, após o que o vinho é filtrado e biologicamente estabilizado. A sua maturação ocorre também em inox a uma temperatura de 8°C, até ao seu engarrafamento, precedido de uma filtração por membrana.

ENVELHECIMENTO: rápida permanência em inox, a baixas temperaturas (8°C), para preservar o frescor.

ESTIMATIVA DE GUARDA: 2 anos

CARACTERÍSTICAS ORGANOLÉPTICAS: Coloração verdeal cristalina. Delicados e fresquíssimos aromas frutados, com atraentes laivos minerais. Agradável ingresso na boca, limpo e com deliciosa acidez. Final suculento e íntegro.

CARTA DE VINHO SINTÉTICA: Verdeal. Delicados e fresquíssimos aromas frutados, com atraentes laivos minerais. Íntegro e estimulante.

DIRETRIZES ENOGASTRONÔMICAS: Peixes simplesmente grelhados, amêijoas à Bulhões Pato (abertas no azeite com alho e coentros), ostras frescas, excelente como aperitivo.

TEMPERATURA DE SERVIÇO: 10°C

PREMIAÇÃO MAIS RELEVANTE: -
 
Uvas:
VS AV AR
Corpo: Acidez:
Madeira:Taninos:
 Evolução:

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Esse desenho e muito lindo

Nhoque da Fortuna



A tradição do nhoque da sorte é italiana, mas brasileiro acredita também. Reza a lenda que comer a massa nos dias 29 traz prosperidade. A história começou quando São Pantaleão, em um dia 29, pediu abrigo na casa de um casal de camponeses muito humildes. Apesar das dificuldades, os dois o abrigaram e dividiram a pouca comida que tinham com o santo: nhoque. O homem agradeceu e se foi. Embaixo do prato, o casal encontrou moedas de ouro. Assim, nasceu o nhoque da sorte, também conhecido como nhoque da fortuna. 

Para que dê certo, faça a massa no dia 29. Embaixo do prato, coloque qualquer nota ou moeda. Separe sete nhoques e, para cada um, faça um pedido. Coma-os primeiro e depois saboreie o restante do prato. Não custa tentar!


Um quilo de batata
500 gramas queijo ralado
300 gramas farinha de trigo
Sal a gosto
Pimenta do reino a gosto
Três ovos (duas gemas e um ovo inteiro)

Modo de preparo:

Misture todos os ingredientes até que se forme uma massa homogênea e lisa. Polvilhe farinha de trigo na massa, faça tiras e corte-as em cubos. Cozinhe os cubos em água fervente. Retire os cubinhos com uma escumadeira assim que eles boiarem e coloque-os em uma bacia cheia de água com gelo. Retire a massa da água e reserve para servir com o molho que desejar.

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Churros


2 xícaras (chá) de água
1 pitada de sal
1 colher (sopa) de manteiga
2 xícaras (chá) de farinha de trigo
3 ovos
óleo para fritura
2 colheres (sopa) de açúcar
1/2 colher (chá) de canela em pó

Modo de Preparo

Levar ao fogo a água com o sal e a manteiga. Quando ferver, jogar a farinha de uma só vez, mexendo vigorosamente com uma colher de pau até obter uma massa lisa. Retirar do fogo e esfriar. Acrescentar um ovo de cada vez, misturando bem. Colocar a massa num saco de confeitar com bico pitanga. Formar os churros espremendo a massa diretamente sobre o óleo quente. Fritar dos dois lados e colocar numa travessa. Polvilhar com o açúcar misturado à canela.

Risoto de Camarao


Caldo de legumes:
2 talos de salsão
1 batata
1 cebola
1 cenoura
2 sachês de caldo de legumes
2 litros de água

Risoto:
5 colheres (sopa) de azeite de oliva
½ cebola média picada
2 xícaras (chá) de arroz
1 cálice de vinho branco seco
caldo de legumes
4 colheres (sopa) de azeite de oliva
½ kg de camarão limpo
1 xícara (chá) de tomate sem pele e sem sementes picado
3 colheres (sopa) de manteiga
1 xícara (chá) de queijo tipo parmesão ralado
½ xícara (chá) de salsinha picada
Sal a gosto
Pimenta-do-reino a gosto



Aqueça a água em uma panela grande e coloque os talos de salsão, a batata, a cebola, a cenoura e os sachês de caldo de legumes. Deixe cozinhar no fogo médio até que os legumes estejam macios.
Em uma panela alta, aqueça o azeite e refogue a cebola. Acrescente o arroz, refogue-o e despeje o vinho branco. Assim que o vinho secar, acrescente o caldo de legumes aos poucos e deixe cozinhar no fogo alto, mexendo sempre. Enquanto isso, em uma frigideira, aqueça o azeite e refogue o camarão rapidamente. Quando o arroz estiver quase cozido, acrescente o camarão refogado, o tomate, a manteiga e misture bem. Em seguida, acrescente o queijo, o sal, a pimenta-do-reino e misture.

Lasanha de Berinjela


Ingredientes

. 2 berinjelas médias
. 1 colher (café) de sal
. Suco de 1/2 limão
. 2 xícaras (chá) de farinha de trigo
. 1 ovo batido
. 2 xícaras (chá) de farinha de rosca
. Óleo para fritar
. 1 lata de molho de tomate
. 200 g de mussarela fatiada
. 1 xícara (chá) de queijo parmesão ralado
. 1 tomate cortado em rodelas
. 3 colheres (sopa) de azeite
Para salpicar: . Manjericão picado

Modo de preparo

Aqueça o forno a 220ºC. Corte as berinjelas em fatias no sentido horizontal. Ponha de molho em água com o sal e o suco de limão durante 15 minutos. Escorra e esprema levemente. Passe cada fatia de berinjela na farinha de trigo, no ovo batido e por último na farinha de rosca. Aqueça bem o óleo e frite até dourar. Ponha sobre papel-toalha para retirar o excesso de gordura. Em um refratário retangular, distribua uma camada de molho, uma camada de berinjela e uma camada de mussarela. Termine com a mussarela e por cima o queijo ralado. Distribua as rodelas de tomate, regue com o azeite, salpique o manjeicão e leve ao forno até derreter a mussarela.
Dica:Acrescente ao recheio 150 g de presunto ou peito de peru fatiado.
Conteúdo do site Ana Maria

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Dia Mundial da Terra


Dia da Terra

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Bandeira não-oficial do Dia da Terra: O Planeta sobre um fundo azul.
Dia da Terra foi criado pelo então senador estadunidense Gaylord Nelson, no dia 22 de Abril.
Tem por finalidade criar uma consciência comum aos problemas dacontaminação, conservação da biodiversidade e outras preocupações ambientais para proteger a Terra.

[editar]História

A primeira manifestação teve lugar em 22 de abril de 1970. Foi iniciada pelosenador Gaylord Nelson, ativista ambiental, para a criação de uma agenda ambiental. Para esta manifestação participaram duas mil universidades, dez mil escolas primárias e secundárias e centenas de comunidades. A pressão social teve seus sucessos e o governos dos Estados Unidos criaram a Agencia de Proteção Ambiental (Environmental Protection Agency) e uma série de leis destinadas à proteção do meio ambiente.
  • Em 1972 se celebrou a primeira conferência internacional sobre o meio ambiente: a Conferência de Estocolmo, cujo objetivo foi sensibilizar aos líderes mundiais sobre a magnitude dos problemas ambientais e que se instituíssem as políticas necessárias para erradicar-los.
  • O Dia da Terra é uma festa que pertence ao povo e não está regulara por somente uma entidade ou organismo, tampouco está relacionado com reivindicações políticas, nacionais, religiosas ou ideológicas.
  • O Dia da Terra refere-se à tomada de consciência dos recursos na naturais da Terra e seu manejo, à educação ambiental e à participação como cidadãos ambientalmente conscientes e responsáveis.
  • No Dia da Terra todos estamos convidados a participar em atividades que promovam a saúde do nosso planeta, tanto a nível global como regional e local.
  • "A Terra é nossa casa e a casa de todos os seres vivos. A Terra mesma está viva. Somos partes de um universo em evolução. Somos membros de uma comunidade de vida independente com uma magnífica diversidade de formas de vida e culturas. Nos sentimos humildes ante a beleza da Terra e compartilhamos uma reverência pela vida e as fontes do nosso ser..."
Surgiu como um movimento universitário, o Dia da Terra se converteu em um importante acontecimento educativo e informativo. Os grupos ecologistas o utilizam como ocasião para avaliar os problemas do meio ambiente do planeta: a contaminação do ar, água e solos, a destruição de ecossistemas, centenas de milhares de plantas e espécies animais dizimadas, e o esgotamento de recursos não renováveis. Utiliza-se este dia também para insistir em soluções que permitam eliminar os efeitos negativos das atividades humanas. Estas soluções incluem a reciclagem de materiais manufaturados, preservação de recursos naturais como o petróleo e a energia, a proibição de utilizar produtos químicos danosos, o fim da destruição de habitats fundamentais como as florestas tropicais e a proteção de espécies ameaçadas. Por esta razão é o Dia da Terra.
Este dia não é reconhecido pela ONU.




terça-feira, 20 de abril de 2010

21 de Abril


Tiradentes

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Nota: Tiradentes redirige aqui. Se procura por outras acepções, consulte Tiradentes (desambiguação).
Joaquim José da Silva Xavier (Tiradentes)
Joaquim José da Silva Xavier (Tiradentes)

Martírio de Tiradentes, óleo sobre tela de Francisco Aurélio de Figueiredo e Melo (1854 — 1916).
Nome completoJoaquim José da Silva Xavier
Nascimento12 de novembro de 1746
Fazenda do Pombal, 
Minas GeraisBrasil
Morte21 de abril de 1792 (45 anos)Rio de Janeiro Brasil
NacionalidadeBrasil Brasileiro
OcupaçãoDentista e Ativista político
Idéias notáveismártir da Inconfidência Mineira
Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes (Fazenda do Pombal[1], batizado em12 de novembro de 1746 — Rio de Janeiro21 de abril de 1792) foi um dentista,tropeiromineradorcomerciantemilitar e ativista político que atuou no Brasil colonial, mais especificamente nas capitanias de Minas Gerais e Rio de Janeiro. NoBrasil, é reconhecido como mártir da Inconfidência Mineira, patrono cívico do Brasil e herói nacional.
O dia de sua execução, 21 de abril, é feriado nacional. A cidade de Tiradentes (Minas Gerais), antiga Vila de São José do Rio das Mortes, foi nomeada em sua homenagem.




















A Cris vai me dar um desse hihiihihihih


Meu sonho e muito lindo 

Cheese cake

Dia do Indio 19 de Abril


Dia do Índio

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Dia do índio19 de abril, foi criado pelo presidente Getúlio Vargas através do decreto-lei 5540 de 1943, e relembra o dia, em 1940, no qual várias lideranças indígenas do continente resolveram participar do Primeiro Congresso Indigenista Interamericano, realizado noMéxico. Eles haviam boicotado os dias iniciais do evento, temendo que suas reivindicações não fossem ouvidas pelos "homens brancos". Durante este congresso foi criado o Instituto Indigenista Interamericano, também sediado no México, que tem como função zelar pelos direitos dos indígenas na América. O Brasil não aderiu imediatamente ao instituto, mas após a intervenção do Marechal Rondon apresentou sua adesão e instituiu o Dia do Índio no dia 19 de abril.


Fruto do cerrado
O pequi, comida originalmente indígena, ganhou as mesas e o coração dos brasileiros
Por Telma Lopes Machado*, de Pirenópolis, GO

?Cuidado com os espinhos. Não morda, simplesmente roa a fruta.? Se você nasceu ou, por algum motivo, guarda recordações do centro-oeste brasileiro (ou mesmo do norte de Minas), certamente já ouviu essa frase. Aprender a comer pequi é algo que, por essas bandas, se aprende cedo, desde criança. Quando falamos de culinária goiana, impossível não vir à mente o pequi ? fruta nativa do cerrado, encontrada em duas espécies.

Tem forma arredondada e cor verde, tornando-se amarelado ao amadurecer. Uma camada espessa protege os caroços de cor alaranjada e, às vezes, branco, dependendo da região. O fruto contém de um a quatro caroços ? é essa a parte comestível. Seu sabor é indescritível e o cheiro, forte. Quanto mais amarelado, mais saboroso. É por isso que atrai muito os animais, ávidos consumidores.

No caroço existe uma polpa e, abaixo dessa polpa vêm os famosos espinhos que protegem a semente (daí o cuidado na hora de comê-lo!). Essa fruta aguça nosso paladar, levando-nos a degustá-la com pressa.

E é na pressa que acontecem os acidentes. Os espinhos são avermelhados, e se confundem com a cor da pele, principalmente da língua. Na maior parte dos frutos, os espinhos são externos, fazendo com que os animais se afastem de imediato. Uma proteção natural da planta. No pequi, é diferente: eles ficam escondidos e pegam de surpresa os mais afoitos.

Acidentes à parte, o pequi é saboroso e também saudável. Segundo estudos do biólogo César Grisólia, da Universidade de Brasília, o pequi tem 60% de óleo insaturado, que não faz mal ao organismo. Apesar de tanta gordura, o fruto não representa risco ao colesterol. É rico em vitamina A, C e E, sais minerais (fósforo, potássio e magnésio) e em caroteno. Seu consumo evita a formação de radicais livres, ajuda na prevenção de tumores e no desenvolvimento de doenças cardiovasculares. Os estudos de Grisólia provaram que, mesmo cozido ou congelado, o pequi não perde as propriedades devido à grande concentração de gordura.

Comida típica indígena, o pequi entrou rapidamente nos hábitos alimentares dos bandeirantes, talvez devido à escassez de comida naquela época. A cidade de Goiás (antiga Goiás Velho) e Pirenópolis, ambas no interior goiano, já mostravam seu consumo abundante desde o século XIX. As receitas são várias ? pequi com frango, com arroz, com carne-seca, licor de pequi e pequi simplesmente. Em Goiás, ao contrário de outras regiões do país, não se usa pequi para fazer sabão. Por aqui, entende-se que essa é uma iguaria preciosa demais para ser usada dessa maneira.

Hoje, o pequi ganhou as mesas de todo o Brasil. A facilidade de congelamento fez com que os chefs de cozinha o utilizassem com mais freqüência, criando pratos exóticos. A castanha do pequi, que fica abaixo dos espinhos, é torrada e consumida de várias maneiras. A farinha da castanha é base para condimentos em alguns pratos.

Pequi é fruta para comer lentamente. Quando criança, tínhamos o costume de contar os caroços para saber quanto havíamos comido. Lembro-me, particularmente, da época das queimadas no cerrado, em outubro, quando tudo é sequidão, e todos aguardam a chegada das chuvas. Mas o cerrado é como a terra prometida para os sertanejos. Com as primeiras chuvas, da terra árida brotam, com uma força inexplicável, flores e frutos. Uma infinidade de insetos faz a polinização no maior ecossistema do mundo. E da pequena árvore nascem as primeiras flores do pequizeiro. Isso, para os sertanejos, é motivo de alegria.

Outra coisa que todo sertanejo sabe é do apreço dos animais pelas flores do pequi. Debaixo de um pequizeiro, encontrava-se rastros de veados, pacas, tatus, raposas, que passavam por ali em busca das flores que caem. Sertanejo que é sertanejo ficava ansioso vigiando o crescimento dos frutos, anúncio de chegada do tempo de fartura à mesa. Não para todos, claro. Como costuma acontecer entre a população do interior, há muitas lendas sobre seu consumo. ?Você não pode comer porque está amamentando e isso vai dar dor de barriga na criança?, diziam as avós.

Em época de colheita, o trabalho é feito de dois em dois dias ? isso para dar tempo de os frutos caírem de maduros. Pequi bom é colhido no chão. Tem-se de esperar amadurecer no pé para não amargar. As trabalhadoras vestem uma calça comprida debaixo da saia, calçam botinas para evitar mordida de cobras e vão, ao nascer do sol, para o alto da serra para colher o pequi que caiu de noite. Vão conversando e colhendo as frutas pelo caminho.

E, para completar a lista de qualidades do pequi, não dá para esquecer que, segundo a cultura popular, essa fruta tem propriedades afrodisíacas. A receita é simples: basta cozinhá-la no leite e tomar quente, pela manhã, como um achocolatado. Quem sabe, não é esse o chocolate do cerrado?


Curiosidades e peculiaridades
O pequi é também conhecido como piqui, piquiá, amêndoa-de-espinho, grão-pequiá, suari e pequerim, entre outros nomes. Do tupi: ?py? significa casca e ?qui?, espinho.
O fruto alcança até 14 centímetros de comprimento por 20 centímetros de diâmetro, podendo pesar 300 gramas.
O sabor e o aroma são marcantes e peculiares. O cheiro do pequi é frutado, perfumado e ácido, lembrando o maracujá, e a polpa é cremosa e saborosa.
Seu caroço tem muitos espinhos ? cuidado com eles!
O pequi é cultivado em todo o cerrado brasileiro, que inclui os Estados do Pará, Mato Grosso, Goiás, Distrito Federal, São Paulo, Minas Gerais e Paraná, como também nos Estados nordestinos, Piauí, Ceará e Maranhão. Sua safra ocorre entre os meses de novembro e fevereiro, mas encontram-se frutos fora desse período.
Estão sendo feitas pesquisas para a utilização de pequi como biocombustível. Para cada quilo do fruto, é possível obter pouco mais de 1 litro de biocombustível, que pode substituir o óleo diesel. O mais interessante das pesquisas é a demonstração de que o pequi pode reduzir a emissão de poluentes em até 30% e o motor não perde no rendimento.
foto:

*Telma Lopes Machado, versada na gastronomia do Centro-Oeste, é proprietária da Fazenda Babilônia, em Pinerópolis (GO)

Foto Paulo Mercadante / produção Cristina Esquilante



1 frango inteiro cortado em pedaços
1 copo americano cachaça de Parati
6 dentes de alho amassado
2 cebolas médias em rodelas
3 tomates sem semente picados
1 talo de alho-poró
1 xícara de vinho branco
3 folhas de louro
polpa de 5 pequis
sal e pimenta a gosto
Lave o frango com vinagre e escorra para tirar o excesso. Faça um vinhadalho com todos os ingredientes acima, menos o pequi; e tempere o frango. Deixe descansar por no mínimo uma hora.
Escorra o frango e reserve o vinhadalho. Sele o frango em azeite quente e volte para a panela para cozinhar com o vinhadalho até o frango estar macio. Acrescente o pequi e cozinhe por mais 5 minutos em fogo baixo.
Pode-se acrescentar no final do cozimento os legumes de sua preferência. 
Salpique salsinha e cebolinha.
Restaurante Pitanga